ASSEMBLEIA LEGISLATIVA MATO GROSSO: Campanha “Atitude”.

ACUSADO DE 20 ESTUPROS,CANTOR DE CUIABÁ PROCESSA GOOGLE PARA LIMPAR “VIDA VIRTUAL”

Maurício alega que reportagens prejudicam sua imagem. Além dos R$ 150 mil, ele pede no processo que o Google remova “integralmente o conteúdo com as fotos que prejudique a imagem do autor”, no prazo de 24 horas. O processo é conduzido pelo juiz da 7ª Vara Cível de Cuiabá, Yale Sabo Mendes.

25 Maio 2022

O cantor católico e bacharel em Direito, Maurício de Campos Teixeira, morador de Cuiabá, entrou na justiça contra a plataforma Google, de serviços na internet, pedindo uma indenização de R$ 150 mil. Ele alega que vem sendo “prejudicado” com a divulgação de um abuso sexual, ocorrido em 2017, em que teria prometido um emprego para uma mulher de 22 anos, na capital.

De acordo com informações do processo, Maurício de Campos Teixeira confirmou no processo que deu um “beijo” na vítima porque se “insinuou” para ele. “Assevera que o início de toda exposição vexatória de sua imagem se deu devido a um fato ocorrido em julho de 2017, pois o mesmo precisava contratar alguém para lhe auxiliar na demanda de alguns trabalhos autônomos e extras, motivo pelo qual fez entrevista com uma jovem, porém não houve concordância no valor a ser pago pela prestação de serviço, eis que a jovem exigiu quantia acima do combinado”, diz trecho dos autos, ao acrescentar que “não havendo acordo no valor a ser pago a jovem não foi contratada e houve um desentendimento, até aí normal. No entanto, a jovem parecia querer algo a mais e então se insinuou ao requerente e foi beijada, sendo que posteriormente, registrou boletim de ocorrência, e fazendo print da página inicial do Facebook do requerente, criou grupos para denegrir a sua imagem”.

Além dos R$ 150 mil, ele pede no processo que o Google remova “integralmente o conteúdo com as fotos que prejudique a imagem do autor”, no prazo de 24 horas. O processo é conduzido pelo juiz da 7ª Vara Cível de Cuiabá, Yale Sabo Mendes.

Em decisão publicada no último dia 18 de maio, ele lembrou que o Google não é o autor de conteúdos em ferramentas de busca – e sim um indexador que aponta o caminho até o conteúdo desejado, produzido por terceiros, negando o pedido do “cantor católico”. “As referidas informações encontram-se armazenadas em outros sítios eletrônicos, e elas estão disponíveis para todo e qualquer sítio de busca existente na rede mundial de computadores – internet, e não apenas para as partes. Por mais que os provedores de informação possuam sistemas e equipamentos altamente modernos, capazes de processar enorme volume de dados em pouquíssimo tempo, essas ferramentas serão incapazes de identificar conteúdos reputados ilegais, ofensivos, prejudiciais ou comprometedores”, lembrou o juiz.

ESTUPROS E ABUSOS

A Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá prendeu Mauricio de Campos Teixeira no ano de 2017 por suspeito de violação mediante fraude e estupros de cerca de 20 mulheres. O “cantor católico”, supostamente, agia há vários anos, atraindo vítimas com falsas propostas de empregos para praticar estupros.

Segundo informações do próprio Governo de Mato Grosso, o suspeito também se passava por advogado para entrar com pedidos de pagamento do seguro DPVAT, inventários e tirar nomes negativados do SPC e Serasa, todos com o objetivo de praticar estupros e estelionatos. A prisão de Maurício ocorreu após a investigação de uma queixa registrada em 19 de julho de 2017, onde uma vítima de 22 anos, estudante de fisioterapia, noticiou ter sido abusada durante treinamento para um emprego na área de estética, que oferecia salário de R$ 1,8 mil.

Ela contou que o abuso ocorreu em uma casa, no bairro Dom Aquino, local em que no dia anterior havia feito a entrevista de emprego com o suspeito, depois de encaminhada pela agência de emprego “Chance”. De acordo com a delegada Nubya Beatriz Gomes dos Reis, após os abusos, a universitária criou no facebook um grupo para denunciar o caso e vítimas de várias idades apareceram narrando situações semelhantes, depois de serem aliciadas pelas falsas propostas de emprego de faxineiras, secretárias, atendentes e recentemente como massagista.

OUTRO CASO

Em outro caso, apurado pela Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica), em 2013, uma adolescente de 15 anos, também foi atraída pelo suspeito com uma proposta de emprego de faxina na quitinete na região do CPA. De família humilde, a menina foi encaminhada pela mãe para o emprego, mas no local foi forçada por meio de ameaças a manter relação sexual com o suspeito, sendo estuprada por cerca de 1 hora. Ela só conseguiu sair porque se aproveitou do momento que o suspeito estava ao telefone e ligou para o irmão, que acionou a Polícia.

Nisso ele a deixou ela sair. Quando a Polícia chegou, a casa já estava fechada e o suspeito foragido. Por esse caso, chegou a ser preso, mas depois foi colocado em liberdade.

 

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