Adnet diz ter sofrido abuso na infância e é atacado nas redes sociais
Segundo ele, o crime aconteceu primeiro quando ele tinha sete anos e depois aos 11, e deixou traumas
11 ABRIL 2020
O humorista Marcelo Adnet, 38, revelou em entrevista à revista Veja que foi vítima de abuso sexual duas vezes na infância. Segundo ele, o crime aconteceu primeiro quando ele tinha sete anos e depois aos 11, e deixou traumas
“Na primeira, nem sabia o que era sexo. O caseiro do lugar onde eu passava as férias começou a se aproximar de mim e pedir favores. Ele me chantageava dizendo que, se contasse algo a qualquer pessoa, meu cachorro morreria.”
Adnet afirmou que um dia ficou sozinho na casa e o caseiro aproveitou para ir pra cima dele. “Senti uma dor imensa, mas durou pouco porque meus parentes, que tinham ido ao mercado, voltaram para buscar a carteira”, contou ele.
Anos depois, o humorista afirma que o “pesadelo se repetiu” com um amigo mais velho da família. Segundo ele, o ato não chegou a ser consumado, mas o homem o beijou e passou a mão em seu corpo. “Foram dois episódios difíceis”, afirmou.
Procurado pela reportagem, Adnet, que está em isolamento em sua casa no Rio de Janeiro, afirmou que não gostaria de comentar os casos de abuso, porque estava sendo atacado nas redes sociais. Ele afirmou ainda que já está em contato com advogados por causa desses mensagens ofensivas.
“Todo artista é assim. Todos topam fazer teste do sofá no início da carreira, mas depois que vira famoso faz o vitimismo de que sofreu abuso”, foi um dos vários comentário sobre o caso de Adnet feitos nas redes sociais.
“Daqui a pouco sai do armário. Roteiro Clássico”, “Esse quer Ibope”, “O que ele quer? Reconstituição”, são algumas outras mensagens contra o humorista. Adnet, que chegou a responder algumas delas, está fazendo prints com a ajuda de outros internautas para denunciá-las.
Na entrevista à Veja, o humorista afirmou que fez terapia para superar o trauma sofrido e que mesmo para a família ele só conseguiu falar sobre o assunto após a morte “desse conhecido da casa”, há cerca de dez anos.
“Hoje, já falo de maneira natural porque entendi, após anos de análise, que o constrangimento não é meu, mas sim de quem me abusou. O que fica disso é o susto, o trauma, a desconfiança”, afirmou.