30 Agosto 2023
A Câmara Municipal de Primavera do Leste cassou, em uma sessão realizada nesta quarta-feira (30), o mandato do vereador bolsonarista Inspetor Adriano Carvalho (Podemos). Ele era alvo de uma Comissão Processante por quebra de decoro parlamentar, após ter feito efetuado ataques em suas redes sociais a agentes políticos e servidores, tratando-os de forma pejorativa e denegrindo a capacidade intelectual, ofendendo-os com apelidos depreciativos.
A Comissão Processante foi instaurada após uma denúncia feita pelo eleitor Dianari Rodrigues Sobrinho, que acusa o parlamentar de quebra de decoro. Adriano é suspeito de usar suas redes sociais para caluniar, difamar e injuriar colegas do Legislativo.
Um dos apontamentos diz que Adriano teria atacado a honra, moral e dignidade humana do também ex-vereador Luís Carlos Magalhães, mais conhecido como Luizinho Magalhães, afirmando que ele faz parte de “trio satânico” e que o mesmo integrava um suposto “grupo das trevas”. O parlamentar agora cassado ainda teria dito que o vereador teria recebido dinheiro indevido da Prefeitura e que em janeiro de 2023, insatisfeito com ataques verbais proferidos da Tribuna, postou em sua rede social uma reportagem de cunho depreciativo em relação ao assessor jurídico Luiz Carlos Rezende, fazendo afirmações injuriosas e difamatórias, com expressão acusatória de “parasita”, “encostado na municipalidade”, “sanguessuga”, entre outros.
Curiosamente, Luizinho também foi cassado por ser “ficha suja” numa decisão da Justiça Eleitoral. O relatório apontou que o parlamentar chamou o prefeito de Primavera do Leste, Leonardo Bortolin (MDB), de ‘melancia’, e a secretária de Educação do Município, Adriana Tomasoni, de “poste”.
Sobrou até mesmo para o vice-prefeito da cidade, Ademir Goes, apelidado pelo vereador, que também é inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de ‘chaveirinho’. A denúncia também apontava um suposto deboche à dicção e da fala do vereador Temazin Pedreiro (UB).
Durante a defesa do parlamentar, o advogado de Adriano Carvalho chegou a se emocionar ao fazer a sustentação oral do investigado, na tribuna da Câmara. A atitude, no entanto, não comoveu os vereadores, que cassaram o colega de forma unânime.
Com a cassação, o inspetor da PRF está inelegível por 8 anos e não poderá disputar a prefeitura da cidade. Em seu lugar assume a cadeira o suplente Gilberto Teles (Podemos).