23 janeiro 2020
A equipe do prefeito Zé Carlos do Pátio (SD), mais especificamente da Secretaria Municipal de Habitação, estaria incentivando pré-alocados dos apartamentos do Residencial Celina Bezerra a assinarem declarações de desistência da seleção, com a proposta de ganharem um terreno no novo loteamento que a Prefeitura quer criar aos fundos da região do Alfredo de Castro, que fica nas proximidades do Parque de Exposições. A informação foi repassada ontem (22) pelo vereador Rodrigo da Zaeli (PSDB). O caso poderá ser encaminhado para o Ministério Público.
“Eles estão chamando os selecionados para receberem um apartamento do Celina Bezerra e vendendo a falsa informação de que os terrenos do novo loteamento serão entregues primeiro, o que não é verdade, pois a área foi adquirida pelo Município, porém ainda existem vários trâmites para serem vencidos para regularizar a área e cortar os lotes, enquanto os apartamentos já estão com obras avançadas”, esclareceu.

De acordo com o vereador, será muito difícil o prefeito conseguir regularizar a área adquirida neste ano, pois o local está fora do perímetro urbano, não possui nenhum projeto de planejamento da parte de infraestrutura de asfalto primário, fornecimento de água, energia e rede de esgoto. “Será preciso realizar adequações no Plano Diretor do Município para regularizar os lotes. Isso vai demandar tempo e recursos e não é da noite para o dia. Na minha opinião, o prefeito quer vender a falsa ilusão para mais de mil pessoas de que os lotes vão ser entregues logo e depois colocar estas pessoas para pressionarem a Câmara e a população, colocando-as de forma irregular neste loteamento para só no futuro, sabe lá quando, o poder público regularizá-lo. É a mesma situação do Alfredo de Castro se repetindo”, alertou Rodrigo da Zaeli.
Em setembro de 2019, a Prefeitura comprou uma área de 44 hectares para ampliação da região do Alfredo de Castro, pelo valor de R$ 6 milhões. A compra do imóvel foi autorizada pela Câmara Municipal, mas foi alvo de críticas pelos vereadores do PSDB que tentaram barrar o projeto durante a votação e, posteriormente, com mandado de segurança. No entanto, a Justiça indeferiu o pedido e considerou a petição inicial do PSDB como inepta.(A tribuna )