ASSEMBLEIA LEGISLATIVA MATO GROSSO: Campanha “Violência”

DUPLA SUSPEITA DE BLOQUEAR RODOVIAS É PRESA COM 11 ARMAS E R$ 125 MIL

Atirador registrado e torneiro mecânico foram detidos suspeitos de fabricação e comercialização de armamento artesanal em SC

11 Novembro 2022

Dois homens, de 34 e 39 anos, foram presos em uma operação que apreendeu um arsenal de armas de fogo, milhares de munições e R$ 125 mil em dinheiro vivo, em Serra Alta, na região Oeste, nesta quinta-feira (10). Os investigados são suspeitos de integrarem um esquema de fabricação ilegal de armas e por suposta participação nos bloqueios antidemocráticos nas rodovias de Santa Catarina.

A dupla, composta por um torneiro mecânico e um atirador registrado como Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), é suspeita de fabricar e comercializar armas de fogo e munições recarregadas para atividades ilegais de caça na região.

A investigação da Polícia Civil apura os crimes desde fevereiro, quando um dos suspeitos teria matado cachorros de vizinhos com tiros e munição de pressão, crimes relativos a um inquérito policial anterior. Desde então, o trabalho de apuração evoluiu “exponencialmente”, segundo avaliação da corporação.

Durante a operação desta quinta (10), a Polícia Civil encontrou 11 armas de fogo, sendo três revólveres, três pistolas, três fuzis e duas espingardas. Acessórios como lunetas, mira holográfica, carregadores, supressores de ruídos e máquinas de recarga também foram apreendidos. Centenas de munições foram recolhidas.

A busca e apreensão também revelou a existência de R$ 125 mil em espécie. Segundo a polícia, a origem do dinheiro não foi esclarecida, mas possivelmente está relacionada com os crimes em investigação.

Em Bom Jesus do Oeste, uma tornearia mecânica estava sendo utilizada como local de fabricação e montagem de armas de fogo artesanais. O local já havia sido alvo de busca e apreensão em fevereiro, quando foram encontrados acessórios e partes de armas de fogo e até mesmo uma espingarda “artesanal” já quase completamente montada.

Os investigadores também concluíram que o homem atirador, registrado junto ao Exército Brasileiro, agia como uma espécie de mentor da associação. Ele teria utilizado o conhecimento sobre armamento e facilidade para aquisição de peças para a fabricação ilegal. O suspeito também teria cedido diversas armas de fogo para pessoas sem autorização legal para possuir ou portar armas, inclusive uma criança de sete anos, identificada com uma espingarda pertencente ao homem preso.

Ele também utilizava sua condição de CAC para portar armas livremente em via pública e ambientes particulares, o que vai contra a legislação. Caçadores e atiradores só podem portar uma única arma de fogo exclusivamente durante trajetos entre sua residência e clubes de tiro ou locais de caça. E apesar do registro de CAC, não é permitida a recarga para comercialização pelos atiradores fora de clubes, conduta que pode configurar crime de comércio ilegal de munições.

O inquérito policial ainda apura a possível prática dos crimes de usura, extorsão, participação em peculato desvio. A identificação de outras pessoas no esquema também é investigada.

Informações sobre o possível envolvimento dos investigados nos atos antidemocráticos e participação no bloqueio ilegal de rodovias na região Oeste ainda estão sob investigação.

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