EX-DELATOR É PRESO E PREFEITA DE BARÃO DE MELGAÇO SOFRE BUSCA EM OPERAÇÃO(VEJA ALVOS)
Foram alvos de mandados de prisão temporária Edézio Correa, Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, Eleida Maria Correa, Waldemar Gil Correa Barros, Janio Correa da Silva e Roger Correa da Silva. Edézio Corrêa foi um dos delatores da quinta fase da "Operação Sodoma", onde revelou que participou de um esquema de fraudes em licitação no governo Silval Barbosa (PMDB) para “abater” os prejuízos que tinha com pagamento de propina à Secretaria de Estado de Administração (SAD).
07/11/2024
Deflagrada no início da manhã desta quinta-feira (7), a “Operação Gomorra” tem como principais alvos nomes já conhecidos em outras ações policiais por corrupção no Estado. Entre eles, está um dos delatores da Operação Sodoma, que investigou há 10 anos a mesma empresa em um esquema semelhante, que envolvia contratos com o Poder Público.
A prefeita de Barão de Melgaço, cidade onde os supostos crimes cometidos pela organização eram cometidos, foi alvo de mandado de busca e apreensão numa decisão do Tribunal de Justiça de autoria do desembargador Helio Nishiyama. Agentes do Naco (Núcleo de Competências Originárias) estiveram na prefeitura e casa de Margareth Gonçalves da Silva (UB).
Conforme documento obtido com absoluta exclusividade pelo Portal, foram alvos de mandados de prisão temporária Edézio Correa, Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, Eleida Maria Correa, Waldemar Gil Correa Barros, Janio Correa da Silva e Roger Correa da Silva. Edézio Corrêa foi um dos delatores da quinta fase da “Operação Sodoma”, onde revelou que participou de um esquema de fraudes em licitação no governo Silval Barbosa (PMDB) para “abater” os prejuízos que tinha com pagamento de propina à Secretaria de Estado de Administração (SAD).
À ocasião, ele era sócio na Saga Comércio e Serviços Tecnologia Ltda, uma das empresas utilizadas para o suposto desvio de R$ 8,1 milhões dos cofres do Estado. O esquema foi derrubado em 2017.
A empresa, atualmente, possui como sócia-administradora a também alvo da operação, Eleida Maria Correa, e tem sede em Cuiabá. Em 2023, a Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição esteve envolvida em um contrato de R$ 454 mil com indícios de irregularidades.
O acordo previa também o abastecimento da frota de automóveis, desta vez para a Câmara Municipal de Cuiabá. À ocasião, ela teve seu nome incluído no quadro societário como administradora apenas 22 dias antes do contrato ser efetivamente assinado.
Antes da mudança, o posto era gerido pelo empresário Waldemar Gil Correa Barros sobrinho de Edésio e também é investigado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) por supostas irregularidades em contratos com dispensa de licitação de ao menos 10 municípios de Mato Grosso.
Operação Gomorra
O Naco (Núcleo de Ações de Competência Originária), grupo operacional permanente formado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso e Polícia Judiciária Civil, deflagrou na manhã desta quinta-feira (7) a “Operação Gomorra” para investigar um esquema de corrupção envolvendo o abastecimento e locação de veículos em mais de 100 prefeituras de Mato Grosso cujos contratos somam R$ 1,8 bilhão. São cumpridos seis mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão.
ALVOS
EDEZIO CORREA
TAYLA BEATRIZ SILVA BUENO CONCEIÇÃO
ELEIDE MARIA CORREA
WALDEMAR GIL CORREA BARROS
JANIO CORRA DA SILVA
ROGER CORREA DA SILVA
MARGARETH GONÇALVES DA SILVA