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INTERVENÇÃO APONTA QUE POSTOS DE SAÚDE DE CUIABÁ NÃO TINHAM REMÉDIOS,NEM SORO E CURATIVOS

População de baixa renda estava sem acesso a medicamentos e faltava até soro em unidades básicas

28 março 2023

O relatório técnico da equipe de intervenção do Governo do Estado na Saúde de Cuiabá, produzido nos primeiros 15 dias de trabalho, concluiu pela falta de medicamentos básicos nos 28 postos de saúde, o que sacrifica o atendimento à população de baixa renda.

Falta medicações de uso contínuo para tratamento de doenças crônicas como diabetes, hipertensão, contraceptivos e, ainda a falta de insumos para curativos simples. Também foi constatado que falta soro fisiológico para cuidados básicos aos pacientes como lavagem dos olhos e infusões necessárias para tratamento de urgências.

A Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME) foi assumida pela equipe de intervenção com estoques zerados. Até mesmo antibióticos simples como Amoxicilina, Atenolol, Paracetamol não constavam no armazenamento anteriormente gerenciado pela Prefeitura de Cuiabá.

 

Ao mesmo tempo em que faltam medicamentos e insumos sobrecarregando as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), existem profissionais da saúde em excesso, o que levanta a suspeita de apadrinhamento político. Foi identificada uma quantia excessiva de enfermeitos e técnicos auxiliares.

“Por outro lado, em uma análise prévia, identificou-se o excesso de servidores de outras carreiras, tais como enfermeiros, técnicos de enfermagem e apoio administrativo. Embora o tema demande maior aprofundamento, já é possível concluir pela existência de 22 enfermeiros e 121 técnicos/auxiliares em enfermagem em demasia”, diz um dos trechos do relatório.

A intervenção do Estado na Saúde Pública de Cuiabá foi autorizada pelo Tribunal de Justiça a pedido do Ministério Público Estadual (MPE).

O decreto de intervenção assinado pelo governador Mauro Mendes (União) foi aprovado pela Assembleia Legislativa. A interventora, responsável em assumir a saúde de Cuiabá pelo período inicial de 90 dias, é a enfermeira e servidora pública municipal Danielle Pedroso Dias Carmona Bertucini.

No dia 23 deste mês, a equipe de intervenção anunciou uma compra emergencial de medicamentos no valor de R$ 5,6 milhões.

Em setembro de 2021, uma vistoria feita por parlamentares de oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) descobriu que dezenas de medicamentos vencidos armazenados na Central de Distribuição. Parte dos medicamentos incluía produtos receitados para tratamento da covid-19.

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