LAMBADÃO MATO-GROSSENSE É TEMA DE PODCAST COM PATROCÍNIO DA PETROBRAS
A história do gênero musical é contada por meio de entrevistas com personalidades locais, como os cantores Zé Moraes (Ex-Estrela D’alva) e Kinyou Mega Show, o produtor musical Alcemar Matos e a jornalista e pesquisadora Lidiane Barros;
02 Setembro 2021
Nesta quinta-feira (02/09), às 17h, o Podcast Embrazado lança um episódio especial que reconstrói a história do lambadão mato-grossense. O programa poderá ser baixado ou ouvido gratuitamente nas principais plataformas de áudio e no Portal Embrazado.
Ao percorrer os caminhos que o gênero vem trilhando ao longo desses 30 anos, os apresentadores Igor Marques e GG Albuquerque buscam as histórias que formataram o lambadão como uma das expressões musicais mais fortes e presentes no Mato Grosso. Dos primeiros acordes em Poconé, passando pelas festas de santo na baixada cuiabana, até a recente conquista do título de movimento cultural e musical do estado.
Para contar essa história, o podcast conta com a presença ilustre de Zé Moraes, parceiro de Chico Gil na banda Novo Espaço e Gil Banda Show, mais famoso pelos sucessos marcantes na Banda Estrela D’alva. Considerado o criador do lambadão, Zé revela detalhes de como adicionou o sotaque local ao ritmo paraense, ainda no começo dos anos 1990: “A gente já tocava a lambada, já tinha o ritmo do carimbó, aí então a gente resolveu compor as letras, que quase não era cantada”, comentou fazendo referência ao Mestre Vieira e demais mestres da guitarrada responsáveis pela criação da lambada ainda na década de 1970.
Também entrevistada, a jornalista e mestra em cultura contemporânea pela UFMT, Lidiane Barros, apresenta detalhes da sua dissertação sobre o mercado do Lambadão. Com destaque particular para as famosas casas de show que surgiram nos quintais das periferias de Cuiabá e região metropolitana ainda nos anos 2000.
Participam ainda do episódio o músico Kinyou Mega Show, que vem despontando no movimento e o produtor musical Alcemar Matos, pioneiro nas gravações do gênero, responsável pelos primeiros álbuns de bandas como Os Maninhos, Scort Som, Estrela D’Alva e também do próprio Chico Gil: “Eu interagia, participava, pegava nos instrumentos, ajudava nos arranjos, tudo pra ficar bom o trabalho”, conta Alcemar.
O Embrazado lança este episódio especial no mês em que se comemora a data do Lambadão em Cuiabá, simbolicamente registrada em memória do cantor Chico Gil. O programa marca também o final da segunda temporada do Podcast, que conta com patrocínio do Programa Petrobras Cultural e já figurou entre os 50 podcasts sobre música mais ouvidos no Spotify Brasil.
SOBRE O PODCAST EMBRAZADO
O Embrazado surgiu no Recife como uma festa que apresentava um panorama de variados gêneros musicais produzidos nas periferias brasileiras. A partir de 2019, através do Podcast, se tornou também um projeto jornalístico que pauta as sonoridades experienciadas na festa, entrevistando figuras atuantes em diversas cenas musicais.
Atualmente o Podcast Embrazado acumula mais de 50 mil reproduções e ultrapassa os 11 mil downloads somados entre as plataformas onde é publicado (YouTube, Spotify, Sua Música, Google Podcasts, Apple Podcasts, etc). Nestes 2 anos em atividade, já pautou cenas musicais periféricas de 14 estados brasileiros e contou com mais de 50 entrevistados.
Hoje o Podcast integra o Portal Embrazado, lançado em 2020 por meio do Programa Petrobras Cultural. O projeto foi uma das 19 propostas selecionadas em um universo de 2 mil inscritos. O portal jornalístico realiza pesquisa sobre os ritmos periféricos de diversas cidades do Brasil.
EQUIPE
Gabriel Albuquerque (GG Albuquerque), fundador e redator do Embrazado, é jornalista e doutorando em Estéticas e Culturas da Imagem e do Som pela UFPE. Já escreveu para a Vice Brasil, Portal Kondzilla, UOL Tab, Outros Críticos, Jornal do Commercio, entre outros. Também apresentou o documentário sobre o bregafunk produzido pelo Spotify e desde 2015 edita o blog Volume Morto.
Igor Marques, fundador e redator do grupo, é comunicador visual (ETEPAM) e graduando em ciências sociais na UFPE. Suas pesquisas são focadas nas músicas periféricas das regiões norte e nordeste do país. Produziu reportagens sobre o bregafunk para a Vice, mediou mesas de debate sobre o Bregafunk no Porto Musical (PE) e foi convidado para mediar debates na mostra Periferia Invenção do Sesc Santo Amaro (SP).