MÃE DO JOGADOR DE MATO GROSSO MICHAEL OLIVEIRA MORRE VÍTIMA DE CÂNCER
No início do ano, Michael foi vendido por milhões para um time árabe. Fábia já estava internada há alguns dias, em uma UTI. A família estava esperando ele chegar para desligar os aparelhos.
A mãe do jogador Michael Oliveira, Fabia Leia, de 43 anos, morreu nesta quarta-feira (1º), vítima de câncer. Ela morreu em Goiânia e será enterrada em Poxoréu (MT), local de origem da família.
Um amigo de infância de Michael, Carlos Eduardo Moraes, contou ao Primeira Página que Fábia já estava internada há alguns dias, em uma UTI. “A família estava esperando ele chegar para desligar os aparelhos”.
Ainda segundo os familiares, ela era fumante desde muito nova. A cidade está consternada com a morte e aguarda a chegada do corpo para o sepultamento.
Venda e trajetória de Michael
Em fevereiro, o jogador, que tem 25 anos, foi vendido pelo Flamengo ao Al Hilal, da Arábia Saudita, por US$ 8,45 milhões (aproximadamente R$ 45,5 milhões), por 80% dos direitos econômicos do atleta.
Michael foi contratado pelo Flamengo em janeiro de 2020, após uma temporada de destaque no Goiás, clube pelo qual ele tem muito carinho. No início, conforme o próprio pai disse em entrevista, o jogador teve depressão. No primeiro ano na Gávea, foram apenas quatro gols.
Em 2021 foi diferente, principalmente no segundo semestre. No último Campeonato Brasileiro, em meio a desfalques que o Urubu teve, ele se tornou o jogador mais decisivo da equipe. Ao longo da temporada, marcou 19 gols. Era considerado o motorzinho da equipe, e desequilibrava as partidas quando começava ou entrava no decorrer do tempo regulamentar.
Pelo Flamengo, Michael conquistou um Brasileiro, uma Recopa Sul-Americana, duas Supercopas do Brasil e dois estaduais. Ele deixou a Gávea com os prêmios individuais de Craque da Galera e de segundo melhor atacante do último Brasileirão. Em duas temporadas, marcou 23 gols em 105 partidas.
Dificuldades na carreira
Ao contrário de muitos atletas, Michael nunca fez divisão de base. A carreira dele teve início em um campo de terra batida, local onde conquistou o primeiro título de futebol de várzea, em Goiânia (GO).
De acordo com a família, o atacante já jogou cinco partidas em um dia, para pagar uma conta de luz de R$ 150.
Depois de várias reprovações, a primeira grande chance dele surgiu em 2015, quando foi convidado para defender o Monte Cristo Esporte Clube, de Goiás.
Posteriormente, foi para o Goianésia, até ser contratado pelo Goiás, em 2017.
Em Poxoréu, a 259 km da capital, estão o antigo projeto de futebol no qual ele jogava quando era pequeno, os professores, os velhos amigos, parte da família e todo o passado. Lá, e na capital de Goiás, conforme o pai Manoel, o atleta vai investir em projetos sociais. (Primeira Página)
