MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO VAI DESTINAR R$ 9,8 MIL A PROJETO VOLTADO A MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM RONDONÓPOLIS
A agente pontua que a pandemia da covid-19 deixou claro o quanto mulheres e crianças brasileiras são especialmente atingidas pelas condições sociais, políticas e econômicas.
18 Novembro 2021
O Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso (MPT-MT) destinou R$ 9,8 mil ao projeto Mãos Solidárias, da Pastoral da Mulher Marginalizada de Rondonópolis (220 km de Cuiabá) para desenvolvimento de ações visando à inclusão de 80 mulheres em situação de pobreza no mercado de trabalho.
O objetivo do projeto é fortalecer a economia familiar. Para isso, serão fornecidos cursos profissionalizantes, divididos em duas etapas, sendo a primeira de produção de sabão líquido, sabão em barra e sabão em pó; e a segunda, de confecção de tapetes e sousplats de crochê. Nas duas etapas as alunas contarão com um módulo de venda e de apresentação de seus produtos.
A Pastoral da Mulher Marginalizada, ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é uma entidade que atua há mais de 60 anos no território nacional para enfrentamento e combate à exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes, enfrentamento e combate ao tráfico de pessoas e atendimento de mulheres em situação de prostituição.
Segundo Maria Roselly Rodrigues Pinheiro Cândido, agente da Pastoral, as famílias selecionadas para o projeto são sempre de moradores de periferias, com renda familiar bem baixa.
“E o que se sabe é que por trás dessas mulheres, na maioria arrimos de família, sempre há muitas pessoas, sendo na maioria crianças.É muito importante, para a sociedade como um todo, desenvolver atividades que possam levar essas famílias, que já estão desesperançadas, a terem uma luz no fundo do túnel, ajudá-las com alguma atividade que possa melhorar a sua renda”, destaca.
A agente pontua que a pandemia da covid-19 deixou claro o quanto mulheres e crianças brasileiras são especialmente atingidas pelas condições sociais, políticas e econômicas.
“Esse fato se reflete no aumento da pobreza entre elas e, consequentemente, no aumento de exploração sexual das mulheres e adolescentes que sofrem esta violação de direitos”.
O procurador do Trabalho Gustavo Athaide Halmenschlager, reforça que há maior adequação e efetividade nas destinações feitas pelo MPT quando voltadas a projetos relevantes para a comunidade local.
“Essa aplicação dos recursos está indiscutivelmente ligada à formação profissional, estando ainda a iniciativa, execução e proveito do projeto ligados diretamente ao local do dano”.