NÃO RESPEITAM A VONTADE DO POVO”,DISSE PÁTIO SOBRE O PEDIDO DE IMPUGNAÇÃO DO MPE
Na noite deste sábado (03.10), o candidato à reeleição José Carlos do Pátio (SD), comentou sobre o requerimento contra a candidatura. Ele cumpria agenda em comunidade de Rondonópolis.
05 Outubro 2020
O prefeito de Rondonópolis (212 Km de Cuiabá), José Carlos do Pátio (SD), falou pela primeira vez sobre o pedido de impugnação por parte do Ministério Público Eleitoral (MPE-MT) contra a própria candidatura. O gestor municipal, candidato a reeleição, cumpria agenda de campanha no bairro Parque das Rosas, na noite deste sábado (03.10).
“Por que eles querem minha impugnação? Porque eles não querem disputa eleitoral, livre aberta, democrática, com todas as pessoas”, indagou Pátio. “São pessoas que não estão respeitando a vontade do povo, que estão com receio de uma vitória nossa, porque a vitória nossa, é a vitória do povo”, completou o prefeito.
O requerimento de impugnação foi assinado pela promotora Patrícia Eleutério Campos Dower, na última sexta-feira (02.10). Segundo o documento, o candidato à reeleição teria ocultado bens, uma vez que o atual gestor de Rondonópolis declarou um montante de R$ 178,8 mil.
“Eu não tenho medo, mas dói no meu coração as perseguições. Dói no meu coração a maldade do jogo e essas coisas que acontecem. Não é fácil, mas você tem que ter força interior. E quem me dá força interior é Deus. E eu quero estar sempre agradecendo a Deus por essa força que ele me dá”, enfatizou o gestor.
O pedido de impugnação feito pela promotora eleitoral, incluiu também a Coligação Rondonópolis “Nos Trilhos do Desenvolvimento Econômico e Social” (PP, PTB, Rede, PSD, PCdoB, Solidariedade e PV).
“Querem me prejudicar”
Ainda na ocasião, reunido com a comunidade do bairro Parque das Rosas em Rondonópolis, Pátio criticou o requerimento do MPE. “Já está ficando histórico nesse país setores que estão tentando prejudicar os democratas, as pessoas que pensam no todo para a população”, avaliou.
O atual gestor, candidato a reeleição, também frisou sobre a atuação dos adversários que buscam medidas incabíveis para atender interesses próprios, com intuito de prejudicar o bom andamento do serviço público municipal.
“Mas é muito claro que as pessoas denunciam porque se preocupam comigo. Por que eles se preocupam, estes que estão me impugnando minha candidatura, são aqueles que estão a serviço das elites dominantes, que querem privatizar o serviço público”, destacou.
“São aqueles que estão a serviço de um setor da sociedade que querem privatizar a iluminação pública, o Sanear. Que querem acabar com a Coder para as empreiteiras terem mais favorecimento. São estes que querem prejudicar”, disse o prefeito.
Emocionado, o prefeito ainda falou que confia nos órgãos competentes e disse que está confiante. “Mas eu tenho certo, que nós vamos sair de mais essa e vai ser rápida essa decisão. A Justiça Eleitoral é rápida. Estou confiante”, finalizou.
Erro absurdo com cunho eleitoral
Para a defesa do prefeito José Carlos do Pátio (SD), o pedido feito pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) tem como objetivo causar desgaste político para o gestor, que busca a reeleição. Neste sábado (03.10), a Assessoria Jurídica do candidato entrou com recurso junto à 46ª Zona Eleitoral de Rondonópolis contra o pedido de impugnação.
No recurso encaminhado à juíza eleitoral Milene Aparecida Pereira Beltramini, a defesa destaca que na petição inicial foram relacionadas algumas Ações Civis Públicas que o prefeito responde que não têm “ nenhuma ligação com o fundamento da impugnação em si”.
O advogado Lenine Póvoas contesta a argumentação defendida pelo MPE de que o candidato estaria, “em tese, ocultando seu real patrimônio”, tendo em vista que na avaliação da promotora eleitoral a declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral seria “falsa e desatualizada”, situação essa que impediria a participação de José Carlos do Pátio nas eleições em 15 de novembro.
Conforme o advogado Lenine Póvoas, todos os bens declarados pelo prefeito José Carlos do Pátio correspondem a sua realidade financeira. “Diferentemente do que foi levianamente acusado pelo Ministério Público, não houve absolutamente nenhuma ocultação”, destacou.