ASSEMBLEIA LEGISLATIVA MATO GROSSO: Campanha “Violência”

Pastor é preso por culto em quarentena: “Ordem do presidente”

Ele e a esposa haviam sido orientados várias vezes para não fazer o culto, mas desobedeceram e foram presos

 

Um pastor evangélico da Igreja Mundial, de 34 anos, foi preso na quinta-feira (26) depois de desobedecer o decreto de isolamento, em Mato Grosso do Sul, contra a pandemia de coronavírus. Ele realizava culto com a presença de diversos fiéis. Aos policiais, justificou que estava seguindo a ordem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

 

A prisão aconteceu em uma igreja em Vila Rica (1270 km de Cuiabá), por volta das 19h40, e a esposa do pastor, de 31 anos, também acabou presa.

Conforme o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi até a igreja após receber denúncia de moradores de que estaria ocorrendo um culto no local.

O pastor, inclusive, já havia recebido orientações sobre os decretos estadual e municipal várias vezes, mas ignorou recomendações.

Como a Polícia Militar tem a atribuição de dispersar aglomerações para evitar a disseminação do coronavírus e de fazer cumprir os decretos de isolamento, que não permitem a reunião e culto religiosos, os policiais entraram na igreja para impedir a continuação do culto.

A princípio, os policiais tentaram orientá-lo a encerrar o culto, mas o pastor não obedeceu a ordem, disse que os policiais estavam errados e que estava seguindo ordem do presidente da república.

A todo momento, segundo os policiais que atenderam a ocorrência, o pastor e a esposa tentavam incentivar os fiéis a agirem contra a polícia.

A esposa, inclusive, falou várias palavras desmerecendo o trabalho dos militares, dizia que iria processá-los e ficava os filmando. O celular dela foi apreendido e entregue às autoridades para que esses vídeos possam ser usados como prova do delito dela e do marido.

O casal precisou ser algemado e preso, já que não parava de tentar resistir ao fechamento da igreja. Um fiscal da prefeitura acompanhou a ação da polícia.

O dois foram levados à delegacia e o caso foi registrado como desobediência. Eles também vão responder por infringir determinação do poder público, destinada a impedir a introdução ou propagação de doença contagiosa.

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