PISTOLEIRO DE ARCANJO,CABO HÉRCULES RETORNA PARA PCE EM CUIABÁ
Hércules foi condenado, entre outros crimes, por ser o executor do empresário Domingos Sávio Brandão de Lima Júnior, proprietário do Jornal Folha do Estado.
10 Outubro 2020
Ex-pistoleiro de Arcanjo, Cabo Hércules retorna para PCE em Cuiabá
Hércules de Araújo Agostinho, conhecido como Cabo Hércules e apontado como o ex-braço direito de João Arcanjo Ribeiro, retornou à Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, após mais de um ano detido na Penitenciária Federal de Mossoró (RN).
De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), o reeducando retornou a Mato Grosso no último dia 30 de setembro. A expectativa é que até o final do ano, ele fique em isolamento com inauguração de uma ala de segurança máxima que está em fase de construção.
No raio 6, a nova ala terá capacidade para 432 pessoas e é construída com celas pré-moldadas. Com a ampliação, o presídio deve aumentar a capacidade para 1400 vagas e reduzir a superlotação. Atualmente, há 2300 recuperandos cumprindo pena na unidade.
O novo Raio Disciplinar Duro (RDD) também trará de volta ‘Miro Louco’, como é conhecido. Ele é um dos líderes do Comando Vermelho, juntamente com Sandro da Silva Rabelo, vulgo ‘Sandro Louco’. Miro é também um dos membros do conselho final do “Tribunal do Crime”, que sentencia quem vai contra as regras da facção.
A transferência de Cabo Hércules para o presídio federal aconteceu depois de uma tentativa de fuga na PCE, em fevereiro de 2019. Durante vistoria, constatou-se que algumas barras de sua cela estavam serradas. Ele se alterou e teve de ser contido à força.
Executor
Hércules foi condenado, entre outros crimes, por ser o executor do empresário Domingos Sávio Brandão de Lima Júnior, proprietário do Jornal Folha do Estado, morto a tiros em 2002, a mando de João Arcanjo Ribeiro. Ele foi julgado e condenado em 2010.
Entre os indícios que levaram à condenação de Hércules estão três confissões semelhantes feitas pelo réu e a reconstituição espontânea também por ele realizada algum tempo após ser preso.
Na reconstituição, o ex-cabo mostrou entre outras provas, como empreendeu fuga após cometer os homicídios e onde recebeu o dinheiro pago pelas mortes. As testemunhas arroladas na época confirmaram os mesmos fatos reconstituídos por Hércules.
Apesar das confissões e da reconstituição, durante o interrogatório, Hércules negou ser o autor dos homicídios e afirmou que só confessou os crimes quando foi preso, em 2003, obrigado pelos delegados que presidiram o inquérito na época, Henrique Meneguello e Jales Batista, além do promotor Mauro Zaque de Jesus.
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