SEM DÓ E NEM PIEDADE ,ZÉ DO PÁTIO ATRASOU 36 MESES DE ALUGUEL DE IDOSA COM CÂNCER( áudios)
A idosa Maria Rodrigues da Silva de 88 anos fala sobre o calote do aluguel de 36 meses sem receber.
28 setembro 2020
Com mal de parkinson, um câncer de intestino, 88 anos de idade e dívidas acumulando há anos, a idosa Maria Rodrigues da Silva, de Rondonópolis, vive uma agonia diária em relação a uma pendência financeira da gestão Zé do Pátio (SD) consigo.
Isto porque, Maria é proprietária de um imóvel na avenida Dom Wunibaldo, onde até pouco tempo funcionava a sede da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito – SETRAT.
Histórico
Entretanto, desde 2017, ano em que ficou viúva, a idosa passou a não receber os aluguéis do Município, em virtude do imóvel ter sido incluído em processo de inventário. Contudo, a sensação da família foi que a Prefeitura se aproveitou da situação.
Segundo a neta de Maria, Kênia Nascimento Silva, sempre foi apresentado legalmente representantes que pudessem receber os devidos valores mensais e repassá-los à idosa. No entanto, acumulam-se 36 meses de atraso e um total de quase R$ 130 mil em dívida.
Reflexos devastadores
Para piorar a situação, no ano em que o imbróglio começou a se formar, o filho de Maria, Célio Ribeiro da Silva, que era pai de Kênia, foi acometido de um AVC e sem recursos financeiros para realizar o tratamento acabou se suicidando aos 61 anos de idade.
A família possui uma dívida, que havia conseguido acordo com o credor para realizar a quitação exatamente com os valores oriundos do aluguel do imóvel cedido ao Executivo Municipal.
Proposta negada
Maria vive hoje com o dinheiro da aposentadoria e a neta explica que, recentemente, negou uma proposta, após contato direto com o prefeito, em que o Município queria quitar parte das pendências mais antigas sem qualquer acréscimo de juros.
O valor que ainda restasse, segundo o que foi informado para a família, iria ser equacionado somente no final do atual mandato, o que foi prontamente negado pelos requerentes, segundo explica Kênia.
Sem solução
Em casos como esse, segundo aporta-se juridicamente a família, o Município teria que, no mínimo, ter feito o depósito judicial do devido valor, mas negligencia até mesmo isso, utilizando-se de recursos protelatórios para não solucionar a dívida.
“Eles não depositaram os aluguéis nem em juízo, eles alegaram que está com embargo e casa de inventário, mas não interessa (…) A parte da minha vó a juíza liberou, mas o dinheiro não está na conta”, desabafa.
Caótico
Kênia sinaliza que, em virtude da aproximação das eleições, aliados do atual prefeito, que busca a reeleição, têm minimizado o drama da família, ressaltando que a situação está sendo politizada. A neta de Maria, porém, rechaça essa possibilidade.
“Estamos com dívidas, porque moramos de aluguel também (…) Todos falam do porquê só agora tudo isso veio à tona, mas é porque eles se mudaram (sede da Setrat) sem dar uma satisfação e sem nada de acordo”, lamenta.
Mais problemas
Outra queixa da família foi o estado de conservação que o imóvel foi entregue, depredado e com a estrutura totalmente danificada, bem diferente de como foi repassado anos atrás para uso público.
A gestão De Zé do Pátio tem se manifestado dizendo que busca um acordo com os envolvidos.