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SITUAÇÃO ALARMANTE:SURTO DE GRIPE CAUSA CAOS NA SAÚDE EM RONDONÓPOLIS

No Pronto Atendimento Infantil, onde a situação está mais grave conforme a própria Secretaria Municipal de Saúde, a média diária de atendimento, que era de 60, passou para mais de 300. Somente na segunda-feira (27), 329 crianças foram atendidas na unidade de saúde. Sem estrutura para receber uma demanda tão grande, a espera por atendimento tem durado horas.

29 Dezembro 2021

Um surto de gripe em Rondonópolis tem levado caos ao atendimento de saúde na cidade. A semana começou com pacientes aglomerados nas unidades hospitalares da rede municipal, passando horas na fila aguardando atendimento, deitados ao chão e até nos canteiros em frente às unidades de saúde. Pacientes com sintomas respiratórios vêm enfrentando uma verdadeira saga para serem atendidos e a gravidade da situação levou a Secretaria Municipal de Saúde a anunciar ontem (28) novas medidas para tentar conter a contaminação e garantir atendimento à população.

Segundo a Saúde, foi registrado aumento de 500% no atendimento de casos gripais nas unidades de rede municipal. Nesta segunda-feira (27), pacientes registraram filas e pacientes esperando atendimento em situações precárias. Sem cadeiras suficientes no Hospital Municipal Antônio dos Santos Muniz (Hospital de Retaguarda), onde são atendidos casos de Covid-19 e pessoas com sintomas de gripe, pacientes aguardavam deitados ao chão e até nos canteiros em frente a unidade.

Semana começou com pacientes aglomerados nas unidades hospitalares da rede municipal (Foto – Reprodução)

No Pronto Atendimento Infantil, onde a situação está mais grave conforme a própria Secretaria Municipal de Saúde, a média diária de atendimento, que era de 60, passou para mais de 300. Somente na segunda-feira (27), 329 crianças foram atendidas na unidade de saúde. Sem estrutura para receber uma demanda tão grande, a espera por atendimento tem durado horas.

O morador de Rondonópolis, James dos Santos Shimmyo, contou ao A TRIBUNA a saga pela qual passou nesta segunda-feira para conseguir atendimento após apresentar sintomas respiratórios e febre. Ele relatou que se deslocou primeiramente ao Hospital de Retaguarda, mas, chegando ao local e vendo a quantidade de pessoas na fila por atendimento, decidiu procurar um posto de saúde. Passou por três postos de saúde para somente ser atendido no terceiro.

“No posto de saúde do Cidade de Deus, consegui ser atendido e inclusive fui muito bem atendido pela equipe, mas como estava com febre e era preciso identificar se era gripe ou Covid-19, fui encaminhado de volta para o Hospital de Retaguarda”, explicou.

(Foto – Reprodução)

James chegou ao Hospital de Retaguarda já com o encaminhamento para realizar o exame de Covid-19 do posto de saúde e ainda permanecia com febre, porém, mesmo assim, contou que precisou esperar duas horas somente para passar pela triagem. Foi finalmente atendido e realizou o exame após três horas. “Eu ainda fui atendido mais rápido. Muita gente passou muito mais tempo esperando. Tinha gente dormindo sentado, deitado no chão”.

Para James, a preocupação é que possa haver contaminação ainda maior pela Covid-19 com a aglomeração de pessoas nas unidades de saúde. “Pelo menos se fizessem uma triagem identificando já na chegada as pessoas com febre e as separando das demais com sintomas mais leves, talvez reduzisse a possibilidade de contaminação”, argumentou.

 

Ontem (28), o secretário municipal de Saúde, Vinícius Amoroso, informou em entrevista coletiva que está ampliando o número de médicos e de equipes de enfermagem que irão atuar na linha de frente para atendimentos de casos de síndromes respiratórias. A medida foi tomada após crescimento de casos de gripe nos últimos dias na cidade.

O secretário destacou que a equipe da Saúde disponibilizou mais 10 médicos para atuar no atendimento de pacientes com sintomas de gripe. Equipes de agentes de saúde também estarão intensificando as visitas às residências, inclusive, para orientar os moradores.

Vinícius explicou que, diante da atual situação, em caso de sintomas de gripe, a população deve se dirigir para uma das unidades básicas de saúde de sua região. A porta de entrada do paciente deve ser nos postos de saúde. Pacientes com casos moderados e graves serão então encaminhados para o Hospital Municipal Antônio dos Santos Muniz (Hospital de Retaguarda), que conta com leitos de enfermaria e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para prestar o atendimento adequado.

Para sintomas respiratórios em crianças, a orientação, conforme ressaltou o secretário-adjunto Municipal de Saúde, médico Hélio Garcia Neto, é procurar inicialmente um posto de saúde. Somente casos com sintomas mais graves é que os pais devem procurar o Pronto Atendimento Infantil. “No caso de crianças com sintomas que incluem febre superior a 38 graus, ou com diarreia líquida associada os pais devem procurar o Pronto Atendimento Infantil”, explicou.

Já os adultos devem estar atentos a sintomas mais graves. “A orientação é que adultos que tenham sintomas respiratórios com falta de ar, muita prostração, dor ao respirar devam procurar atendimento no hospital de retaguarda, pois são sintomas que podem evoluir para pneumonia viral”, afirmou Hélio Garcia.

Situação fez com que pacientes ficassem horas na fila aguardando atendimento, deitados ao chão e até nos canteiros em frente às unidades de saúde (Foto – Reprodução)

Para evitar contaminação, Vinícius Amoroso, pede que a população mantenha os cuidados de higiene já utilizados para conter a Covid-19, use máscara e evite aglomerações. “Pedimos que os pais também evitem deixar as crianças em contato com outras e em aglomerações”, reforçou.

Hélio Garcia complementou que crianças se contaminam e transmitem os vírus da gripe com mais intensidade e, por isso, o cuidado deve ser ainda maior.(Com informações do a tribuna)

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