ASSEMBLEIA LEGISLATIVA MATO GROSSO: Campanha “Atitude”.

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL APONTA 8 CANDIDATOS ACIMA DO LIMITE DE GASTOS

Dentre eles Nilson Leitão, Carlos Fávaro e Euclides Ribeiro gastaram mais que o triplo do permitido em lei.

02 Dezembro 2020

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aponta que dos 11 candidatos ao Senado nas eleições suplementares de Mato Grosso em 2020, apenas 3 não “estouraram” o limite de gastos na campanha estabelecida pela própria legislação eleitoral, que é de R$ 3 milhões.

De acordo com informações de um portal do TSE que informa os recursos recebidos e os gastos realizados dos candidatos nas eleições de 2020, apenas Valdir Barranco (PT), Feliciano Azunaga (Novo) e o Procurador Mauro (PSOL) não ultrapassaram o limite de R$ 3 milhões de gastos de campanha.

O ex-deputado federal e candidato ao Senado por Mato Grosso nas eleições suplementares de 2020, Nilson Leitão (PSDB), puxa a fila dos “gastões”. Ele declarou ter recebido R$ 11 milhões em doações além de informar que contratou despesas de R$ 11,9 milhões. Desse total, só R$ 5,4 milhões foram pagas.

O vencedor da eleição ao Senado, Carlos Fávaro (PSD), ficou na vice-liderança quando o assunto são gastos contratados durante a campanha, com R$ 10,9 milhões a pagar para fornecedores. Ele alega ter recebido R$ 11,7 milhões e já pagou R$ 5,5 milhões.

Quando o assunto é derrota, no entanto, ninguém saiu perdendo mais do que o advogado Euclides Ribeiro (Avante). Além de ultrapassar (e muito) o limite de gastos na campanha, contratando R$ 10,3 milhões em despesas, ele obteve apenas 58.455 votos, ficando em antepenúltimo lugar no pleito. Dividindo o valor gasto pelo número de pessoas que votaram no candidato, cada voto lhe “custou” R$ 176,2.

Nesse sentido, sobre “otimização” de recursos em razão do número de votos, o Procurador Mauro é o vencedor. Ele recebeu em doações R$ 544,8 mil e contratou gastos de R$ 420 mil, obtendo 97.573 votos – assim, cada voto lhe “custou” apenas R$ 4,3.

A Coronel Fernanda (Patriota), apoiada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), contratou gastos de R$ 8,2 milhões tendo recebido R$ 6,3 milhões em doações. Ele ficou em segundo lugar nas eleições, obtendo 293.362 votos.

Já o ex-governador Pedro Taques (Solidariedade) contratou R$ 3,6 milhões em serviços para sua campanha, e recebeu de doações R$ 2,9 milhões. Ele, que já foi senador da República, alcançou 71.368 votos.

De acordo com o TSE os candidatos que ultrapassaram o limite de gastos nas eleições estão sujeitos ao pagamento de multa e responderem na justiça por abuso de poder econômico. Vale lembrar que a juíza aposentada, Selma Arruda (Podemos-MT), foi cassada em dezembro de 2019 justamente por abuso de poder econômico após ser eleita em 2018.

Confira abaixo a tabela com os candidatos das eleições suplementares de Mato Grosso, os recursos recebidos em campanha, os gastos contratados, além das despesas que já foram pagas.

tabela.jpg

Comentários
WeCreativez WhatsApp Support
Nossa equipe de suporte ao cliente está aqui para responder às suas perguntas. Pergunte-nos qualquer coisa!
👋 Oi, como posso ajudar?