ASSEMBLEIA LEGISLATIVA MATO GROSSO: Campanha “Atitude”.

UMA DISCUSSÃO ENTRE DOIS VEREADORES VIROU CASO DE POLÍCIA EM RONDONÓPOLIS

Vereadora disse que foi tratada de forma truculenta por vereador por causa de sua posição e voto contra aumento do IPTU na cidade.

30 Setembro 2021

Uma discussão entre dois vereadores dentro da Câmara Municipal de Rondonópolis virou caso de polícia. A vereadora Marildes Ferreira (PSB) registrou boletim de ocorrência acusando o colega Gilberto Lima dos Santos, o Beto do Amendoim (PTB), de ter cometido os crimes de injúria, calúnia e difamação. Segundo ela o episódio foi presenciado por várias pessoas, incluindo outros vereadores.

O boletim foi registrado na noite de terça-feira (28), mas a confusão ocorreu no fim da tarde após a reunião da Ordem do Dia, na Câmara Municipal. Marildes relata que estava no gabinete do vereador Júnior Mendonça com outras pessoas quando foi interpelada por Beto.

“Ele chegou e começou a falar da votação da semana passada sobre as mudanças no IPTU, lançando suspeitas sobre quem votou contra. Eu perguntei se ele estava se referindo a mim e, aos gritos, ele começou a me chamar de ‘traidora do IPTU’ e dizer uma série de infâmias”, disse à reportagem .

A vereadora disse que os gritos do colega atraíram várias pessoas que estavam em outras salas, aumentando o constrangimento. Marildes afirma que sentiu-se violentada psicologicamente e vê na atitude uma forma de machismo, já que colegas homens que também votaram contra o projeto não tiveram o mesmo tratamento.

“Eu disse para ele me respeitar pois não aceitava que homem algum falasse comigo dessa forma. Ele saiu, rindo e debochando. Eu não tenho que dar satisfação a ele de como voto ou deixo de votar. Não fiz promessa de meu voto a ninguém. Meu voto é livre e avaliei que agora não era o momento de mexer no IPTU”, afirmou.

Marildes disse que sempre que sentir-se ameaçada ou constrangida recorrerá à Justiça. “Não aceitarei mais isso”.

Conforme a vereadora, a discussão foi presenciada pelos colegas Denilson Sodré, o Dico (SD), Marisvaldo Gonçalves (PSL), além de profissionais da imprensa e servidores da própria Câmara.

OUTRO LADO
O vereador Beto do Amendoim minimizou o caso. Ele disse que tinha informações de que a vereadora votaria a favor do projeto e ficou surpreso com o voto contrário. O vereador não considera ter agido de forma machista.

O vereador Beto do Amendoim negou agressões e disse que houve apenas uma conversa normal de bastidores

“Foi um questionamento normal, de bastidores. Nada além disso. Fiz o questionamento diretamente à ela porque foi a única que havia garantido minutos antes que votaria sim . Aconteceu alguma coisa nesse meio tempo que fez ela mudar de opinião”, disse o vereador.

Beto do Amendoim também negou que tenha gritado ou sido truculento com a vereadora.

“Tenho tranquilidade absoluta quanto a isso, jamais iria ofender. Sou muito cauteloso, não sou de entrar em embate. Pelo contrário, estou sempre defendendo a Câmara e me orgulho muito de fazer parte desta instituição”, concluiu.

O caso agora será investigado pela Polícia Civil, que poderá convocar os vereadores e outras testemunhas. O desenrolar da apuração também pode ensejar a abertura de um procedimento interno para apurar se houver quebra de decoro parlamentar.(Agora MT)

Comentários
WeCreativez WhatsApp Support
Nossa equipe de suporte ao cliente está aqui para responder às suas perguntas. Pergunte-nos qualquer coisa!
👋 Oi, como posso ajudar?