ASSEMBLEIA LEGISLATIVA MATO GROSSO: Campanha “Atitude”.

DELEGADO AGRIDE O AMANTE E PEDE PARA CONVERSAR COM SUA ESPOSA PARA NÃO PERDER O CASAMENTO

Parece coisa de cinema o que aconteceu em Rondonópolis

24 Outubro 2020

Um delegado de Rondonópolis (a 212 km de Cuiabá) identificado pelas iniciais T.G.D., de 43 anos, foi preso por lesão corporal e ameaça, na noite de sexta (23). O policial teria ameaçado uma mulher e seu dois filhos com uma arma, além de ter agredido um deles, no bairro Chácara Paraíso.

identificada pelas iniciais E.S.C, diz que chegou em casa por volta das 19h. O filho R.C.M., de 20 anos, pediu para que ela cuidasse da neta, enquanto ele saía com a esposa para jantar. Nesse momento, o segundo filho, de 28 anos, também identificado pelas iniciais R.CM., ligou para o delegado usando o celular de um amigo.

No boletim de ocorrência, a mãe afirma que seu filho mais velho e o delegado tinham um relacionamento. Após o telefonema, o delegado apareceu na frente de casa, chamou pelo nome do filho da mulher e disse que queria vê-lo. Caso não viesse, iria matá-lo. Temendo pela vida do filho, a mãe não deixou a autoridade entrar e pediu para ir embora. Mas o amante apareceu junto ao portão e, em seguida, ambos passaram a brigar fisicamente.

A mulher tentou separá-los, mas acabou sendo empurrada pelo delegado. Ela caiu no chão e ficou com lesões no braço. Por sua vez, o delegado foi até o carro, pegou uma arma, da marca Taurus, e apontou para o suposto amante. A mãe entrou na frente para defender o filho. Os dois pararam a briga e, em seguida, o policial foi embora.

Depois de um tempo, o delegado tentou entrar em contato com a mãe do rapaz pelo telefone do filho, que não deixou ambos conversarem. Ele voltou então para a casa da mulher e, do portão, gritou pedindo desculpas e para conversar com sua esposa para ele não perder seu casamento.

A mulher pediu para que o delegado fosse embora. Mas ele não ia. Em seguida, ela foi à frente da casa e pediu para que o delegado levantasse a camisa e demonstrasse que não estava armado. Ele atendeu o pedido. Quando saiu do portão, o filho a empurrou para que não conversasse com o delegado. Ela caiu no chão e veio a desmaiar.

Quando acordou, a mãe ainda estava caída no chão. O filho R.C.M. já tinha voltado do jantar, estava ao seu lado e perguntou o que tinha acontecido. Em seguida, ele foi até a frente da casa perguntar para o irmão e o delegado, que ainda estavam na frente casa, o que haviam feito com sua mãe. Nesse momento, os dois entraram no carro e saíram.

O filho mais novo conta também que, quando chegou na casa da mãe, foi ameaçado pelo delegado, que estava com a arma. Ele chamou um amigo e, juntos, seguiram o irmão e o delegado. Os dois cruzaram com uma viatura da Polícia Militar e gritaram que haviam um sujeito armado no carro.

O delegado e o amante foram abordados em frente a um supermercado. A autoridade, que dirigia o carro, desceu e andou até o porta-malas com os braços abertos. Ele tinha lesão na cabeça que sangrava, conforme relatado pelos policiais militares.

A PM pediu que o delegado viesse com as mãos na cabeça e que o amante também saísse do carro. O delegado teria se mostrado resistente à abordagem, informou seu cargo, dizendo que não seria necessário aquilo. Os policiais pediram a identificação, mas ele disse que a tinha deixado em casa.

Em seguida, o delegado disse que sua arma estava no carro. Ele voltou para o veículo, mas foi impedido pelos policiais. De acordo com o boletim de ocorrência, o delegado teria empurrado os militares e os xingado. Foi necessário uso de algemas.

Durante a detenção do delegado, o suposto amante desceu do carro e foi abordado e revistado. A arma foi encontrada dentro do veículo. Um oficial do dia foi chamado e confirmou que a ocupação de delegado T.G.D. Após a identificação, as algemas foram retiradas e outro delegado da Polícia Civil foi acionado para acompanhá-lo até a delegacia para registrar boletim de ocorrência.

Outro lado

A Polícia Civil, por meio de nota, informa que em relação à ocorrência registrada na noite desta sexta-feira (23) em Rondonópolis, todos os envolvidos foram conduzidos à Central de Flagrantes na 1ª Delegacia do município e ouvidos pelo delegado plantonista, sendo adotadas todas as providências legais sobre o fato.

Apenas um dos envolvidos decidiu pela representação criminal, sendo lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência por ameaça. O TCO será encaminhado ao Juizado Especial do Poder Judiciário local.

A Corregedoria da instituição já foi comunicada do fato e adotará as providências pertinentes no âmbito disciplinar.

O espaço segue aberto para que os envolvidos também se manifestem.

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