JUSTIÇA RECEBE DENÚNCIA CONTRA MULHER QUE ENCOMENDOU MORTE DE GENRO POR R$ 25 MIL
Ele foi baleado com 10 tiros, que causaram múltiplas lesões no crânio, na face e cervical. Crime ocorreu há 2 anos, em Tabaporã.
23 Novembro 2021
A Vara Única de Tabaporã (a 643km de Cuiabá) recebeu denúncia do Ministério Público do Estado de Mato Grosso contra quatro pessoas acusadas de matar Roberto Candido Mateus, entre elas a sogra da vítima.
A sogra seria a responsável por ter encomendado o crime sob o pagamento de R$ 25 mil. A vítima foi morta com 10 tiros que causaram múltiplas lesões no crânio, face e região cervical, ocasionando-lhe a morte por choque neurogênico traumático.
Roberto foi alvo de uma embosca ao estacionar o veículo acreditando estar sendo parado por uma pessoa conhecida em outubro de 2019. Alzira Silverio Franceschini, Leticia Jheneffer Alves Freitas, Amilson Santos Pereira e Jader Hoffman Pereira foram denunciados por homicídio qualificado, mediante paga ou promessa de recompensa, por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
De acordo com a denúncia, o crime foi orquestrado por Alzira, que pagou R$ 25 mil em cheque a Leticia e Amilson para que encontrassem alguém para cometer o crime.
Após descontar o cheque, Amilson teria contratado o primo Jader por R$ 15 mil para executar a vítima, recebendo R$ 5 mil adiantados e o restante após o crime.
Na data do fatos, Jader supostamente dirigiu-se até uma estrada que dava acesso à fazenda em que Roberto Mateus trabalhava e, quando avistou o veículo da vítima se aproximando, fez sinal para que parasse. Aproveitando-se do fato de que a vítima o conhecia, teria efetuado diversos disparos de arma de fogo em sua direção. A Polícia Militar recebeu denúncia anônima e, ao chegar no local, encontrou a vítima já sem vida.
Segundo a promotora de Justiça Anízia Tojal Serra Dantas, o crime foi praticado mediante paga ou promessa de recompensa, por motivo torpe, uma vez que Alzira arquitetou a morte do genro motivada pelo desejo de que sua filha ficasse com a posse dos bens patrimoniais do ofendido após o divórcio do casal, com emprego de meio cruel, visto que a vítima foi atingida por reiterados disparos de arma de fogo, e mediante recurso que dificultou a defesa de Roberto Mateus, que foi pego de surpresa.
Foi apontado ainda que quatro pessoas executaram o crime, que teria sido ordenado porque “ele estava em processo de separação extremamente conturbado” com a filha de Alzira.