GOVERNO DO MATO GROSSO

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: FILHO DE BARÃO DO AGRO EM MATO GROSSO É PRESO EM SÃO PAULO POR PERSEGUIR A EX-MULHER

Rafael Galvan, filho do ex-presidente da Aprosoja Brasil, Antônio Galvan, foi preso na última segunda-feira (31), em Limeira (SP), por conta de uma decisão da Primeira Vara Especializada em Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Rondonópolis (212 km de Cuiabá).

04/04/2025

O produtor rural é suspeito de perseguir a ex-mulher, que o acusou, inclusive, de possuir uma arma de fogo e ter matado o cachorro de seu atual companheiro. Rafael Galvan foi preso pelos crimes de descumprimento de medida protetiva de urgência, ameaça e perseguição.

De acordo com os autos, a medida foi justificada com base em supostas mensagens eletrônicas enviadas à vítima e contatos realizados por meio do filho comum do casal. Na ação, foi apontado que ele estaria descumprindo reiteradamente medidas protetivas impostas pela Justiça e que haveria risco de reiteração criminosa.

A ação aponta que Rafael e sua ex-companheira se separaram em agosto de 2022 e, desde então, o produtor rural tem a perseguido, tendo inclusive tentado entrar à força em sua residência. Em setembro daquele ano, o suspeito chegou a entrar na casa, sem autorização, e passou a xingar a mulher.

Dias antes, ele a agrediu com um tapa no rosto e, enquanto ela ligava para a polícia, tomou o celular da mão da vítima e o atirou no chão. Já em janeiro de 2025, dois anos e meio após o término, a mulher afirmou que a casa de seu atual companheiro foi alvo de 9 disparos de arma de fogo, que resultaram na morte do cachorro que morava na residência. A mulher suspeita que Rafael Galvan tenha sido o autor dos tiros, já que possui uma arma de fogo.

A defesa do produtor rural, que aponta que Rafael Galvan não teve a intenção deliberada de perseguir a ex, mas o fez num contexto de abuso de drogas e intercorrências psicológicas, chegou a propor um habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), mas o desembargador Rui Ramos Ribeiro negou o pedido.

Segundo o magistrado, a materialidade delitiva ficou comprovada pelos elementos juntados aos autos, como o boletim de ocorrência, declarações da vítima e prints de mensagens enviadas pelo suspeito. Nas mensagens, ele supostamente a ameaçava e descumpria medidas protetivas anteriormente impostas.

O desembargador explicou ainda que foram anexados registros telefônicos e mensagens eletrônicas, evidenciando o completo descaso de Rafael Galvan quanto às determinações judiciais, bem como sua periculosidade concreta, ainda mais pelo fato de que ele já possui outras duas medidas protetivas deferidas por conta da mesma vítima.

Outro lado

Quero dizer, antes de tudo, que lamento profundamente toda essa situação. Nenhum pai está preparado pra ver um filho envolvido nesse tipo de acusação, muito menos quando há dor e sofrimento de outra pessoa envolvida.

Me solidarizo com a mulher que foi afetada e espero, de coração, que ela encontre amparo, proteção e paz. Nenhuma mulher merece viver com medo.

Eu e meu filho, Rafael, não temos mais uma convivência próxima há algum tempo. Nossos caminhos se distanciaram por conta de escolhas dele com as quais eu nunca concordei. Ainda assim, é meu filho — e como pai, me dói ver tudo isso. Mas reforço: nunca passei a mão em comportamentos errados e não passarei.

Rezo para que um dia ele possa reencontrar Jesus, se arrepender do que fez e pare de ferir as pessoas ao seu redor. Eu confio na Justiça, e espero que tudo seja apurado com seriedade.

Antônio Galvan

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