ASSEMBLEIA LEGISLATIVA MATO GROSSO: Campanha “Violência”

EMPRESÁRIO DE CUIABÁ É SUSPEITO DE ATUAR COMO “LARANJA” DE JUIZ ACUSADO DE EXTORSÃO

O juiz Hedy Carlos e outros membros do esquema foram presos na última semana. Wevergton Alves da Silva, por outro lado, permanece em liberdade, mas sob medidas cautelares

22 Agosto 2022

Um empresário de Cuiabá é apontado como laranja de um juiz de Rondônia, preso na última semana. Até o momento, pairam sobre o magistrado acusações de organização criminosa, extorsão, lavagem de dinheiro, coação no curso do processo, denunciação caluniosa, falsidade ideológica e sonegação fiscal. Segundo as investigações, o empresário cuiabano, identificado como Wevergton Alves da Silva, era quem recebia o dinheiro ilícito.

Consta no processo, obtido pelo MídiaJur, que as investigações tiveram início depois que uma mulher alegou ter sido extorquida pelo juiz. Esposa de um sócio do magistrado na compra e venda de gado, a mulher alegou que o juiz cobrava uma dívida, ainda não esclarecida, de R$ 3 milhões. Ainda segundo seu depoimento, tanto ela, quanto o marido, foram forçados a assinar uma procuração que dava poderes a Wevergton Alves da Silva sobre seus bens. Tudo isso, segundo o Ministério Público, feito sob o uso de capangas armados e muita violência.

Ainda conforme os autos, foram identificadas movimentações superiores a R$ 1 milhão em apenas um mês na conta do empresário de Cuiabá. A maior parcela se refere a débitos, dentre os quais o juiz Hedy Carlos Soares é um dos principais beneficiados. Apesar da quantia exorbitante, o que mais levantou suspeita foi a discrepância das movimentações com a renda que ele alegou ter à instituição financeira, de pouco mais de R$ 1 mil.

Hedy e outros membros do esquema foram presos na última semana. Wevergton Alves da Silva, por outro lado, permanece em liberdade, mas sob medidas cautelares, como não manter contato com os demais investigados. Em decisão do último dia 21, o juiz de Rondônia, Osny Júnior, decretou a indisponibilidade de bens de todos os investigados em até R$ 4 milhões.

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